Executiva Nacional do PDT aprova voto ‘Não’ à PEC dos Precatórios

PDT aprova voto ‘Não’ à PEC dos Precatórios – Em reunião da Executiva Nacional do PDT com a bancada na Câmara dos Deputados nesta terça (9/11), ficou decidido, através de consenso, que a bancada irá rever seu posicionamento no segundo turno da PEC 23/2021, conhecida como PEC dos Precatórios, e votar contra.

A decisão foi anunciada pelo presidente nacional da legenda, Carlos Lupi, logo após o encontro.

O líder do partido na Câmara, deputado Wolney Queiroz, afirmou que a decisão tem como objetivo pacificar e manter a unidade partidária dentro do Congresso.

Para Lupi, o consenso em torno da decisão mostra que o partido está forte e o Plano Nacional de Desenvolvimento – plataforma da campanha presidencial de Ciro para 2022 – garante a unidade partidária para as mudanças que o Brasil precisa.

“Sofremos muito nesta última semana, com ataques de todos os lados e ilações descabidas sobre a forma que nossa bancada havia votado. Aqui não existe esta questão de votar por emendas, como muito se afirmou. Temos um projeto e estamos demonstrando força e unidade em torno de Ciro, nosso candidato a presidência em 2022. Avaliamos a questão e, por consenso, decidimos que não podemos compactuar, de forma alguma, com questões inconstitucionais e que possam levar a compra de apoio pelo Governo Bolsonaro”, afirmou Lupi.

O primeiro dirigente do PDT a declarar apoio à postura de Ciro Gomes – que suspendeu a pré-candidatura pela sigla após a votação favorável do PDT em primeiro turno – Antonio Neto, presidente do PDT de São Paulo, publicou nas redes sociais a informação.

Membro da Executiva Nacional, Neto votou a favor da resolução aprovada.

“Com apenas 1 voto contrário, a executiva nacional do PDT decidiu a favor do encaminhamento do líder Wolney Queiroz contra a PEC do Calote!” – Antonio Neto, presidente do PDT de São Paulo

A reunião da Executiva teve ampla participação dos membros e teve a nova resolução aprovada quase que por unanimidade – apenas um voto contrário.

PDT aprova voto Não à PEC dos Precatórios

Indignação de Ciro Gomes

A atuação dos pedetistas na votação desagradou o presidenciável do partido, Ciro Gomes, que resolveu suspender a pré-candidatura ao Planalto até a realização do segundo turno de votação.

“É compreensível a insatisfação dele, porque a aprovação dessa PEC é como dar um cheque em branco para Lira e Bolsonaro. Por outro lado, os deputados se sentiram pressionados. Meu papel agora é botar água nessa fervura”.

Solidariedade de lideranças políticas

Diversas lideranças políticas do país saíram em defesa da postura de Ciro em relação a chamada PEC dos Precatórios.

“Cumprimento o meu amigo Ciro Gomes pela posição tomada hoje. Só reforça a minha admiração por ele! É inaceitável que algum parlamentar vote a favor de uma PEC que dá calote em professor e libera dinheiro pra comprar deputado.” – Senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP)

Manifesto em defesa de Ciro

No fim da tarde desta quinta-feira (05), dezenas de movimentos, grupos e canais de apoio ao Projeto Nacional de Desenvolvimento (PND) e à pré-candidatura de Ciro Gomes (PDT) à presidência da República divulgaram um manifesto onde declaram apoio à postura de Ciro Gomes.

“Acreditamos que a PEC aprovada em primeiro turno ontem, apelidada de #PECdoCalote, vai contra tudo o que lutamos nos últimos quatro anos.” – Manifesto de apoiadores do PND

O presidente do diretório municipal da cidade de São Paulo, Antonio Neto se manifestou em apoio ao ex-ministro e divulgou um comunicado oficial.

“Ao meu amigo e irmão Ciro Gomes, minha irrestrita lealdade. Ciro mostrou, mais uma vez, que sua coerência é inegociável e que jamais irá se omitir nem ser sócio dos erros, por mais que doa.” – Antonio Neto, presidente do PDT de São Paulo

PDT foi ao STF

Carlos Lupi e Ciro Gomes entraram em nome do PDT com uma ação no Supremo Tribunal Federal contra as mudanças que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), fez no encaminhamento da votação, permitindo votos remotos, quando a obrigatoriedade é presencial. O objetivo é anular a sessão.

“O que houve e que estamos questionando na Justiça, foi que o senhor Presidente, que para mim é o Líder do Governo na Câmara dos Deputados, o deputado Arthur Lira (PP-AL) muda uma decisão tomada pela Mesa (Diretora) da Câmara que se comprometeu a não ter mais projetos de emenda à Constituição por voto remoto. Tá assinado por todos da Mesa. Ele (Arthur Lira) poucas horas antes da votação decidiu monocraticamente com a sua própria assinatura aceitar esses votos remotos. É esse o questionamento que a gente faz porque julgamos que foi uma fraude.”

Rosa Weber deu 24h para Lira explicar

A contrário do que foi noticiado por alguns grupos de comunicação, a ministra do STF tomou a decisão como relatora do mandado de segurança apresentado pelo PDT e assinada por Carlos Lupi e Ciro Gomes, que pede a invalidação da sessão que aprovou a proposta.

Na manhã desta terça-feira, Rosa negou os pedidos e manteve a votação do segundo turno para daqui a algumas horas.

LEIA; Presidente do PDT confia em reversão de votos sobre PEC: “Trabalharei para isso”

O presidente do PDT, Carlos Lupi, disse nesta quinta-feira (04) que a bancada do partido na Câmara dos Deputados pode mudar de posição no segundo turno da votação da PEC dos Precatórios, marcada para a próxima terça-feira (09).

Lupi disse ser contra a PEC, a qual classificou como “um cheque em branco a um governo desqualificado”.

Ação do PDT motivou STF a dar 24 horas para Lira explicar votação da PEC

A ministra do STF Rosa Weber determinou nesta sexta-feira (09) que a Câmara dos Deputados apresente em 24 horas informações sobre a votação da PEC dos Precatórios.

Deixe uma resposta