Nos últimos dias, viralizou nas redes sociais um vídeo em que o apresentador José Luiz Datena (PDT-SP) detona o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) pelo discurso transfóbico feito pelo bolsonarista no Dia Internacional da Mulher na bancada da Câmara dos Deputados. Durante uma entrevista com o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) no programa da Rádio Bandeirante, Datena classificou Nikolas como “fascista” e fez coro pela cassação do mandato do parlamentar mineiro.
O discurso de Nikolas Ferreira no Dia Internacional da Mulher, em que o deputado vestiu uma peruca loira para ironizar “homens que se sentem mulheres”, foi bastante controverso e motivou que partidos registrassem o pedido de sua cassação. Datena, em seu programa de rádio, manifestou seu repúdio às falas do deputado e pediu pela cassação de seu mandato.
“É um fascista, o que ele falou dentro do Congresso Nacional deve ser repudiado em todos os sentidos. Devia ser cassado aquele cara”, disparou Datena.
Datena ainda conta que já havia entrevistado Ferreira, mas não sabia exatamente quem era. Agora, após ter conhecido mais sobre as opiniões do deputado, ele não quer mais entrevistá-lo.
“Eu entrevistei aqui sem saber quem ele era, agora eu sei quem ele é. Ontem mesmo [me perguntaram] ‘oh Datena, você quer entrevistar? Nunca! Nunca mais na minha vida, eu não quero nem ver ele. Devia ser cassado esse cara.”, disse o apresentador.
A fala de Datena viralizou nas redes sociais e causou um grande debate sobre as falas transfóbicas do deputado Nikolas Ferreira. A cassação de um mandato parlamentar é uma medida extrema, mas é importante que os deputados eleitos representem a diversidade do povo brasileiro e defendam os direitos de todas as pessoas, independente de gênero, orientação sexual ou identidade de gênero.
É fundamental que as pessoas públicas sejam responsáveis em suas falas e que respeitem a diversidade do povo brasileiro. O Brasil é um país diverso, com uma grande variedade de culturas, raças e orientações sexuais, e é fundamental que todos sejam respeitados e tenham seus direitos garantidos.
Nikolas Ferreira, como representante eleito pelo povo, tem o dever de defender os interesses da população e trabalhar pela igualdade de direitos. Ao fazer discursos transfóbicos, ele está indo contra os direitos das pessoas trans e contribuindo para a manutenção de uma cultura de violência e preconceito contra essa população.
Por isso, é importante que a sociedade se manifeste contra essas atitudes e pressione os órgãos competentes para que tomem as medidas necessárias para garantir o respeito e a igualdade de direitos para todas as pessoas.