Capitalismo, Socialismo e Democracia em debate; SE INSCREVA

Democracia em debate – O curso de formação política ‘Teorias da Democracia’ chegou à sua terceira aula nesta sexta-feira (29) e teve como tema o modelo elitista e a teoria econômica da democracia.

Ministrada pelo professor e doutor em Sociologia Paulo Silvino, a aula trouxe como principal abordagem as críticas tecidas pelo economista e cientista político austríaco, Joseph Schumpeter em sua obra “Capitalismo, Socialismo e Democracia”.

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Democracia em debate: Paulo SIlvino é Doutor em Sociologia / Foto: Laís Hera/PDT

Logo de início o professor situa seus alunos dizendo que Schumpeter é um autor conservador e ressalta:

“Nós precisamos saber como pensam os conservadores”

Joseph constrói uma teoria que diz que a democracia é para poucos e não para todos, pois ela é exclusiva, portanto excludente.

Ao longo do texto, percebe-se que o escritor tenta defender a democracia ao mesmo tempo que critica o socialismo, e a partir de uma perspectiva liberal, coloca quais seriam os caminhos para a democracia efetiva.

O autor consegue colocar pontos importantes para o bom funcionamento da democracia em debate.

Um dos pontos de discussão principais da aula, defendido por Joseph, é que “A democracia não é um fim em si mesma”, ou seja, eu não posso a todo preço lutar pela democracia, a democracia é um instrumento e ela não pode existir sem uma forma institucionalizada.

Silvino frisa sobre a importância da participação política dos indivíduos para que haja um real entendimento das demandas de uma sociedade. A formação política dentro dos partidos é extremamente importante para que a democracia aconteça.

“O Ciro consegue, por exemplo e ainda que tecnicamente, traduzir qual a necessidade que o povo tem. Como por exemplo sua fala famosa ‘pão e trigo, trigo é dólar’. São três palavras que explicam uma ideia”.

Em seu livro, Schumpeter aponta que os eleitores não tem senso de responsabilidade, ele defende que deve-se privilegiar a técnica em detrimento da política, o professor discorda dessa premissa, dizendo:

“Se eu quiser construir uma hidrelétrica eu tenho que chamar um engenheiro, se eu tiver que fazer uma cirurgia eu tenho que chamar um médico, mas se eu quiser saber qual o interesse da sociedade, se é a hidrelétrica ou a cirurgia, eu tenho que ouvir o povo, isso é democracia”.

Democracia em debate

Além disso, o autor defende que a vontade do povo é resultado de uma construção política, uma disputa entre narrativas.

Dentre as narrativas, constrói-se uma ideia do que seria a vontade do povo e acaba por ganhar a eleição a narrativa que vai captar melhor aquilo que a maioria quer.

Um dado muito importante para pensar sob a perspectiva dessa ideia é que o nível de abstenção só cresce nas eleições.

De acordo com o escritor, a manifestação popular é o resultado de uma alienação, mas que é uma manifestação em certa modo acrítica ou que é muito mais o resultado de um processo político, de um jogo de narrativas, e menos resultado daquilo que a sociedade gostaria por si só.

Ou seja, a ideia que Schumpeter coloca é que a sociedade age como consequência da disputa do processo político levantando a tese de que o povo não é protagonista desse processo, ele é apenas uma parte e o protagonismo deve ser das lideranças na medida em que os eleitores não tem o senso apurado.

Assista a aula:

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Entenda o curso

Ao longo dos oito encontros previstos, serão apresentadas as bases das principais interpretações teóricas acerca da democracia, iniciando com uma discussão sobre o desenvolvimento do conceito de democracia ao longo da história.

A iniciativa também pretende promover uma reflexão quanto à ideia de cidadania, além de debater as características gerais dos posicionamentos políticos de esquerda e direita.

“Nos últimos tempos cada vez mais se tornou importante pensar sobre o que é a democracia, aquela que temos, e a que desejamos. Do mesmo modo, é fundamental compreender o que se tem chamado de crise da democracia? O que esta em jogo na prática? Estas são algumas das várias questões tratadas pelo curso”, explica Paulo Silvino, graduado em Ciências Sociais, doutor em Sociologia pela Unicamp e professor responsável pelo curso.

Poderão participar do curso filiados do Partido Democrático Trabalhista – PDT, bem como outras pessoas interessadas nas atividades da Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini da cidade de São Paulo.

Paulo Silvino também é professor Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP), além de ter sido gerente de projetos e consultor nas iniciativas pública e privada, com experiência em avaliação de programas, políticas públicas e criação de indicadores.

Os encontros são sempre na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, nº 3938, sede do PDT de São Paulo.

Serviço:
Curso “Teorias da Democracia”
Início: 13 de abril
Cronograma: 8 (oito) aulas (de abril a maio)
Data e Horário: Quartas-feiras às 19h30 (mudanças serão informadas no grupo oficial e por e-mail)
Local: Avenida Brigadeiro Luís Antônio, nº 3938 – Jardim Paulista – São Paulo

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