Cientista social debate transversalização de políticas públicas; INSCREVA-SE

Transversalização de políticas públicas – A Escola de Candidatos e Assessores 2022 promoveu mais uma aula nesta segunda-feira (02) e recebeu a cientista social Laíse Neres para tratar do tema ‘Políticas Públicas Transversais’.

Laíse começa frisando a importância do encontro, pois para ela um dos pilares da transversalização das políticas públicas é a educação política.

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“Para além das conquistas do povo, a educação é a principal ferramenta de mudança e transformação social”.

Sobre o conceito de transversalidade, Neres explica que nada mais é que contextualizar os conteúdos e resgatar a memória dos acontecimentos. Interessando-se por suas origens, causas, consequências e significações, ampliando as possibilidades de conhecimentos.

Para entender um pouco mais sobre esse conceito dentro da aplicação das políticas públicas, precisamos compreender suas duas divisões, são elas:

– As políticas públicas imediatistas, como as cotas, o bolsa família e a distribuição de cestas básicas e absorventes;

– As políticas públicas estruturantes que mexem na estrutura do problema, de forma que as pessoas não precisem mais de uma cesta básica, por exemplo.

Cientista social debate transversalização de políticas públicas; INSCREVA-SE
Laíse Neres debateu transversalização de políticas públicas / Foto: Reprodução

Transversalizar é escutar esses diversos contextos e entender como os sujeitos estão colocados na sociedade e porque eles se encontram em determinada situação.

A professora aponta que no Brasil não é possível separar a discussão de classe das questões raciais, pois a população negra vem de uma história escravocrata e pós-colonial que até hoje influencia nos locais aos quais essa população pertence e ocupa.

A grande questão do debate promovido por Laíse é que as políticas públicas não podem caminhar sozinhas.

“A educação tem que caminhar com o SUS, pois muitas vezes o desempenho de uma criança na sala de aula está ligada a uma questão de saúde”.

Laíse diz que devemos levar em conta as categorias de raça, gênero, sexualidade para elaboração de políticas públicas.

“Quando nós falamos de um dever militante, não estamos apenas tratando de uma questão de pautas individuais, estamos falando de categorias”.

A transversalidade se completa que se aprofunda até raízes históricas e sociais: não se atentar às questões de gênero e de raça que provocam as desigualdades é manter o mesmo modelo econômico e de status quo.

“Não existe capitalismo sem racismo, não existe capitalismo sem machismo, misoginia e patriarcado”.

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Assista a aula abaixo:

Laíse Neres é graduada em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia e foi coordenadora do Centro de Referência em Assistência Social de Salvador.

Possui pós-graduação na área de Serviço Social Multidisciplinar e cursos de extensão em Relações Étnicos Raciais pela UNEB e Atenção a Mulheres e Homens em Situação de Violência por Seus Parceiros Íntimos pela UFSC.

Além disso, é professora de Sociologia e palestrante nas áreas de gênero e raça.

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