O silenciamento das mulheres no Parlamento – Na última segunda-feira do mês de março (28) o PDT de São Paulo promoveu mais uma de suas reuniões da Escola de Candidatos e Assessores, que tem como objetivo preparar , capacitar e instruir potencias candidatos e assessores através de conhecimento técnico, teórico e prático.
A aula teve como segmento o mês das mulheres, tratando do tema “O Silenciamento das Mulheres no Parlamento”. A palestrante convidada foi a vereadora na cidade de Itatiba/SP, pelo PDT, Luciana Bernardo. Luciana é administradora de empresas e idealizadora do projeto LEI TURA.
Logo no início a palestrante introduz o assunto principal, a representatividade feminina nos espaços de poder. Alguns dados apresentados para exemplificar esse problema foram:
- 52% do eleitorado é feminino mas dos 5.568 municípios brasileiros, 900 não tiveram uma vereadora eleita em 2020;
- O Brasil representa 104° na representatividade feminina na política;
Dois artigos foram apresentados pela vereadora, “O Impacto das Nações Unidas no Direito Internacional das mulheres e seus impactos no Brasil” feito em 2017 pela Dra Débora Vicente e “Machismo discursivo: modos de interdição da voz das mulheres no parlamento Brasileiro” feito em 2019 por Antônio Teixeira de Barros e Elisabete Busanello.
No primeiro, foi constato que, o desafio do século XIX era superar a escravidão, o desafio do século XX era superar o totalitarismo, e o desafio do século XXI é superar a desigualdade de gênero. A escritora também diz que “Não se pode ser o que não se pode ver”, evidenciando sua narrativa de que é preciso colocar mais mulheres em espaços de poder para incentivarmos as outras companheiras de luta.
Uma declaração na 4° Conferência Mundial Sobre a Mulher constatou que para uma mudança efetiva na representatividade feminina precisaríamos de um aumento mínimo de 30%. O Brasil em 1995 foi aprovada a lei n°9.100 que fala primeiramente de 20% das vagas do partido ou coligação serem preenchidas por candidaturas femininas e após essa data, em 1997 tivemos a aprovação da lei n°9.504/97 que passou para 30%. Mesmo assim o aumento na eleição dessas mulheres foi baixo. Desde 1995, de 193 países, apenas 50 alcançaram a meta de 30% de representatividade.
Luciana encerra sua apresentação com alguns relatos pessoais de sua vida parlamentar na câmara de vereadores de Itatiba.
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