Martha Rocha debate Segurança Pública – Na última terça-feira (05), a Escola de Candidatos e Assessores do PDT de São Paulo, promovida pela Fundação Leonel Brizola, recebeu a deputada estadual do Rio de Janeiro, Martha Rocha.
A reunião durou cerca de 1 hora e 20 minutos e teve como tema ‘Política e Segurança Pública’.
Martha Rocha foi a primeira mulher na história a chefiar a Polícia Civil do Rio de Janeiro e exerce o cargo de deputada na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) desde 2015.
Estiveram presentes algumas lideranças locais como Gleides Sodré, presidente estadual da AMT e Antonio Neto, presidente do PDT de São Paulo.
“Você é uma figura muito importante para todas nós, não só por estar no nosso partido, mas por toda história que você construiu, e serve como inspiração para tantas outras” disse Gleides sobre Martha.
Antonio Neto também teceu comentários a respeito da palestrante:
“Foi um prazer e uma honra ter você representando nosso partido na campanha para prefeitura do Rio de Janeiro, fez uma campanha lindíssima, mostrou a garra, o conteúdo, a força da mulher brasileira. Você é um patrimônio do nosso partido, uma pessoa a qual eu tenho um apreço, uma admiração, um carinho muito grande”
Martha lembrou da importância de Leonel Brizola no combate a violência, que sempre colocou o acesso à educação como caminho para o crescimento da segurança pública.
“Nós não podemos deixar de lembrar o papel de Leonel Brizola no contexto da segurança pública, porque em 1983 quando nós iniciamos o primeiro mandato de Leonel, Darcy Ribeiro disse ‘Vamos construir escolas para não construirmos presídios’, ele não formulou uma teoria de enfrentamento a criminalidade feita por um policial, ou por um estudioso do direito, pelo contrário, ele fez uma análise não só sociológica, mas também para nos mostrar com aquela frase de que a questão da segurança pública não se vence apenas com polícia na rua e viatura rodando” disse a parlamentar.
Durante a reunião, Martha Rocha apontou o papel histórico do trabalhismo na construção desse debate, sob a ótica de que a desigualdade social contribui para a segurança pública.
Como exemplos, Martha trouxe alguns dados como:
- Com 24 homicídios por 100.000 habitantes em 2017, a América Latina e o Caribe respondem por 33,6% dos homicídios mundiais, apesar de abrigar menos de 9% da população mundial
- A África responde por outro terço dos homicídios globais, com a Ásia anotando 23%
- Europa e América do Norte seguem distantes com apenas 5 a 3% do total, respectivamente (UNODC 2019)
- De acordo com a Organização Mundial de Saúde, 29% das mulheres da américa latina sofreram violência física ou sexual praticada pelo seu parceiro
Para finalizar, a palestrante concluiu que no estado do Rio de Janeiro não houve falta de recurso ou não priorização da segurança pública, mas o que se verifica é que as medidas adotadas de forma isolada sem um prévio planejamento e muitas vezes apenas voltadas para o confronto e para o resultado imediato em detrimento de uma boa investigação ou do uso da inteligência policial, não contribuíram para a um combate efetivo da violência.
Assista a aula completa:
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