140 anos de Getúlio Vargas

140 anos de Getulio Vargas – Getúlio Vargas completaria 140 anos neste 19 de abril.

Nascido em em 19 de abril de 1882, Getúlio saiu do interior do Rio Grande do Sul para o Palácio do Catete, da então capital Rio de Janeiro, tirando a própria vida quando ainda era presidente do país, em 24 de agosto de 1954.

Getúlio fundou o PTB, partido que foi ‘tomado’ dos trabalhistas pela ditadura (1964-85). Em 1979, Leonel Brizola fundou o PDT para representar os ideários trabalhistas eternizados por Vargas.

Vargas foi eternizado como “o pai dos pobres” por suas políticas sociais, entre elas a criação da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), voltada aos trabalhadores e trabalhadoras do país.

“Podemos dividir a história do Brasil em AG e DG — antes e depois de Getúlio”, escreve o jornalista Lira Neto, autor de uma trilogia sobre o ex-presidente.

Protagonista da derrubada da República do Café com Leite – quando somente mineiros e paulistas dominavam o cenário político -, Getúlio chegou à presidência por meio da Revolução de 1930, apoiado essencialmente por militares de baixa patente, em um movimento que ficou conhecido como Tenentismo.

Reconduzido por uma assembleia constituinte em 1934, Vargas introduziu reformas fundamentais no campo democrático, a exemplo do voto feminino e o sufrágio secreto, inaugurando uma nova forma de relação do presidente com a população.

“Ele mudou a forma como os presidentes e as autoridades lidavam com o público. Antes, os presidentes falavam ‘meus senhores’, e ele começou ‘trabalhadores do Brasil’, alterando a interlocução do chefe com a sociedade”, comenta a cientista política Maria D’Araujo no documentário “Getúlio: a construção do mito”.

Getúlio criou empresas públicas históricas como a Petrobras, a Vale do Rio Doce e a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), o Banco do Nordeste, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento) e também montou as bases para a instalação da Eletrobras.

Vargas criou a Indústria Nacional e um projeto de país baseado na valorização das riquezas internas a partir da noção de que tais recursos deveriam servir a um Projeto Nacional de Desenvolvimento.

O movimento levou centenas de cidades a alcançarem novos patamares, com seus trabalhadores conquistando direitos como férias remuneradas, 13º salário e o fim do trabalho infantil.

O fim da 2ª Guerra Mundial (1945) trouxe junto um Golpe contra Vargas, retirado do posto por militares pouco depois de convocar eleições, colocando novamente os partidos políticos na legalidade.

Em 1954, Getúlio Vargas foi reconduzido à presidência pelos braços do povo, cargo que só deixaria com seu próprio suicídio, mas não sem antes eternizar seu ideário nacionalista e desenvolvimentista.

Atacado por uma poderosa oposição interna e de países como os EUA, Vargas viveria o auge da crise de seu mandato em virtude do atentado contra o adversário Carlos Lacerda.

Gregório Fortunato, guarda pessoal do presidente, foi acusado de promover o ato, o que nunca foi provado.

Pressionado a deixar o cargo, Vargas encerrou a própria vida, provocando grande comoção.

“Cada vez na nossa vida, hoje, quando uma carteira profissional é assinada, quando se paga o aumento do salário mínimo, isso faz parte do legado. A vida física terminou em 1954, mas a vida política continuou sob a forma desse legado”, indica o biógrafo José Augusto Ribeiro.

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