A questão social no Brasil não é caso de polícia

Desde a época do Brasil-Colônia, com a escravização das populações indígenas e, posteriormente, com a escravização dos africanos capturados e de seus descendentes, não havia leis que protegessem a maioria dos trabalhadores livres e assalariados. Isso ficou claro em um dos discursos de Getúlio quando afirmou a existência da questão social no Brasil e a necessidade de enfrentá-la com urgência e coragem.

O então Presidente Washington Luís negava a existência dessa questão, afirmando que ela era apenas um caso de polícia. Em sua plataforma de governo, apresentada em 1925, ele declarou que “entre nós, a questão operária é uma questão que interessa mais à ordem pública que à ordem social”. Essa afirmação causou indignação na sociedade e na imprensa da época.

Durante seu mandato presidencial, Washington Luís não apresentou medidas concretas para proteger os trabalhadores. Na verdade, seu governo foi marcado por leis repressoras, como a lei celerada, que era usada para impedir a luta social e o funcionamento dos sindicatos.

A candidatura oposicionista de Getúlio Vargas não surgiu por causa da questão social, mas devido a um conjunto de razões. No entanto, após o comício da Esplanada do Castelo, no qual ele afirmou a urgência da questão social, essa questão ganhou cada vez mais força.

A eleição presidencial foi fraudada, como se esperava, e isso levou à revolução que levou Getúlio Vargas ao poder e permitiu que ele criasse o Ministério do Trabalho apenas três semanas depois de ser empossado. A questão social tornou-se cada vez mais importante no contexto dos impulsos que levaram à revolução, especialmente devido à sua relação com a fraude eleitoral, as violências do governo na campanha eleitoral e a crise econômica mundial decorrente do crash da Bolsa de Valores de Nova York em 1929.

A criação do Ministério do Trabalho foi um marco na história do país, pois pela primeira vez, o governo passou a se preocupar com a proteção dos direitos dos trabalhadores. Isso foi fundamental para o desenvolvimento social e econômico do país, pois garantiu a estabilidade e a segurança dos trabalhadores, aumentando a produtividade e a qualidade do trabalho.

A política trabalhista adotada pelo Ministério do Trabalho se mostrou eficaz, pois contribuiu para a redução das desigualdades sociais e econômicas no país. As leis trabalhistas implementadas permitiram que os trabalhadores tivessem uma vida digna e mais justa, além de reduzir a exploração do trabalho infantil e garantir a segurança no ambiente de trabalho.

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