Antonio Neto comemora ‘retomada’ em SP em reunião aberta do PDT

‘Retomada’ em SP – O Diretório Municipal do PDT capital paulistana realizou, pela primeira vez, uma reunião presencial e aberta desde o início da pandemia de covid-19, em março de 2020.

O encontro ocorreu na sede do partido em São Paulo e contou com a participação do presidente da PDT paulistano, Antonio Neto.

Também compuseram a mesa lideranças do partido, como o Secretário-geral do PDT do diretório, Alessandro Rodrigues, a presidenta do Movimento Negro do PDT no estado de SP, Neudes Carvalho, o Secretário-Adjunto do diretório estadual, Ewerton Roberto, a presidenta da Juventude Socialista do PDT da Capital, Amanda Salgado, Marco Faccas, presidente do PDT Axé paulistano e a Secretária-Geral da Ação da Mulher Trabalhista do PDT paulista, Iara Caballero.

Antonio Neto falou sobre as conjunturas nacional e estadual e lembrou da importância e do sucesso da Escola de Candidatos e Assessores oferecida pelo PDT de forma gratuita em parceria com a Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini (FLB-AP) de São Paulo.

As aulas semanais – de forma virtual por conta da pandemia até o momento – tem sido cada vez mais cheias e a iniciativa já possui mais de 500 alunos inscritos.

“Esse projeto nosso com a Fundação é porque entendemos a importância de preparar e orientar nossos quadros, formar lideranças e incentivar o estudo e o debate político dentro e fora do partido”, disse.

Vacinação e retomada em SP

Neto lembrou que o estado de São Paulo já ultrapassou mais de 70% da sua população vacinada – com duas doses ou dose única – contra o coronavírus e que isso uma ‘retomada’ econômica e social começa a ser notada.

“Tivemos a Formula 1 no último fim de semana, com 50, 60 mil pessoas passando por Interlagos por dia. Foram quase 200 mil pessoas ao longo dos dias de eventos da corrida, o que pra mim meio que simboliza a retomada econômica e social de São Paulo”, disse.

O presidente pedetista lembrou que a vacinação tem participação decisiva no processo, apesar de um governo federal que ‘atrapalhou’ o combate ao vírus e a própria imunização em massa dos brasileiros e brasileiras.

“Isso é fruto do avanço na vacinação da população paulista e do Brasil como um todo, apesar de termos um governo (federal) negacionista que atrapalhou muito e que agora, através de seus militantes, ataca a retomada em si e pede o cancelamento do Carnaval, por exemplo.”

Ele lembrou que é positiva a percepção geral – sobretudo em SP – de que começa uma retomada na economia, no turismo e na indústria, ressaltando que é necessário que se siga respeitando os protocolos sanitários. “Registramos recentemente 19 estados sem morte em um mesmo dia”, lembrou.

Retomada em SP

PEC dos Precatórios

Neto falou sobre a polêmica votação da PEC dos Precatórios – que classificou como PEC do Calote – e explicou a posição tomada pela bancada do PDT na votação em primeiro turno, quando orientou o voto favorável.

“A PEC do Calote, pegando todos os precatórios, pegando todas as condenações transitadas e julgadas em relação à salários, desapropriações. Era obrigação do Estado (brasileiro) pagar tudo no ano no orçamento do ano que vem. E aí teve a posição do nosso partido que votou pela PEC (primeiro turno).”

O líder trabalhista explicou que, quando se percebeu nas articulações antes da votação da matéria, que a PEC seria aprovada de qualquer maneira, pois o governo possuía bem mais do que os necessários 308 votos (além de eventuais votos do PDT).

Diante do cenário, a liderança do PDT optou por atuar para minimizar danos, mediando um acordo para reduzir o prazo para o pagamento aos professores de 10 para 3 anos. “Mas na hora da votação, dezenas de parlamentares que votariam a favor saíram do Plenário e não votaram e isso acabou fazendo com que os nossos votos fossem decisivos para o avanço da PEC na Casa.”

“E aí o Ciro (Gomes) colocou luz sobre o problema e discutiu com todo o Brasil essa PEC. Eu estava de acordo com o Ciro. Esse governo não tem palavra, não é sério, seria um ‘cheque em branco’ para um desgoverno. Ciro pôs luz sobre isso, paralisou sua pré-candidatura inclusive. E o PDT ouviu o Ciro, a própria militância (que emitiu um Manifesto em defesa da posição de Ciro e do PND) e mudou sua orientação na votação em segundo turno para voto contrário, revertendo 10 votos nossos”.

Antonio Neto acrescentou que o governo Bolsonaro, auxiliado pelo presidente da Câmara, Arhur Lira, ao ver a movimentação do PDT, foi atrás dos votos de parlamentares que se comprometeram mas se ausentaram na primeira votação e mesmo com a mudança dos votos pedetistas, conseguiu aprovar a PEC com mais tranquilidade (323 votos) do que no primeiro turno (312 votos), que agora vai pro Senado Federal.

‘Desastre’ Bolsonaro

Neto falou também sobre o ‘desastre’ que considera o governo de Jair Bolsonaro, e lembrou que enquanto o país atravessa uma grave crise, o presidente faz viagens ao exterior.

“Temos um presidente que fala em viagem ao Oriente que estão mentindo sobre o Brasil, da imprensa. Que a economia está muito boa, que a Amazônia está ‘ótima’, que a floresta não queima porquê é ‘úmida’.”

Neto citou a explosão da inflação e lembrou que além da média oficial, produtos e serviços que são fundamentais ao povo em geral, foi muito acima dos dois dígitos médios.

“O preço dos alimentos subiu muito acima da média. A dos dos aluguéis, por exemplo, subiu 35%. É um desgoverno completo que não demonstra nenhuma capacidade de fazer o Brasil avançar. Pelo contrário, atrapalha e prejudica o país”.

Projeto nacional e Keynes

Neto argumentou sobre a importância de um projeto nacional que unaa o país em torno de sua reconstrução.

“A importância de além do projeto, a necessidade de a gente construir um plano emergencial de 100, 120 dias. Estamos com quase 15 milhões de desempregados, 6 milhões de desalentados, 40 milhões na informalidade. Somando, são mais de 60 milhões de brasileiros e brasileiras sem perspectiva. Então precisamos de um projeto emergencial. Com frentes de trabalho, por exemplo, não importa (como).”

O mandatário do PDT paulistano lembrou John Keynes, economista britânico que previu o ‘crash’ da Bolsa nos EUA, em 1929, no fim de 1923, para fazer sugestões sobre de que forma enfrentar a grave crise que o brasil atravessa, a pior de sua história.

“A proposta dele (Keynes) era de criar frentes de trabalho.’ Coloca um grupo fazendo buraco e outro grupo atrás tampando buraco’. O Estado paga a frente de trabalho, as pessoas voltam a consumir, a indústria volta a produzir e você faz a roda virtuosa da economia girar. Isso só é possível com um padrão de qualidade de salário, um salário digno.”

Usou como exemplo dois problemas nacionais e ainda muito graves, que atingem todo o país, como a falta saneamento básico e de água potável. No Brasil, mais de 60% das pessoas não tem acesso à saneamento básico.

“Enfrentar isso é gerar emprego e sem precisar importar nada de fora. Você ajuda na retomada da economia e trata a questão da saúde pública. Em São Paulo, próximo do centro, você encontra comunidades que não possuem água potável. São problemas e também oportunidades”.

Retomada em SP

Ciro Gomes

Por fim, o pré-candidato a deputado federal por São Paulo elogiou o presidenciável do partido e lembrou que nas eleições de 2018, Ciro propôs a criação de um Complexo Industrial de Saúde no estado para atender a demanda nacional por insumos dessa área.

“E aí veio a pandemia. Tivemos que importar próteses, máscaras, agulhas, ao todo 80% de todos os produtos que precisamos para enfrentar a pandemia foram importados ao custo de 17 bilhões de dólares (cerca de R$ 100 bilhões)”

O candidato a vice-prefeito nas eleições do ano passado lembrou da trajetória do pré-candidato à presidência, jamais tendo sido acusado de mau uso de dinheiro público.

“Nenhum partido tem um presidenciável como o nosso, um homem experiente e incorruptível. Que nunca sofreu um processo por corrupção, como ele mesmo diz, nem para ter sido absolvido. E cuidou de obra, hein. Liderou a transposição do Rio São Francisco e tudo correu de forma transparente, uma obra fundamental para levar água para regiões do Nordeste que nunca haviam tido acesso.”

Neto finalizou opinando que a condução desastrosa – e criminosa – do enfrentamento à pandemia pelo governo Bolsonaro agravou ainda mais as crises sanitária e econômica.

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PDT realiza Plenária na Sé para arrecadar alimentos para população de rua

PDT realiza Plenária na Sé – A situação e o aumento da população de rua na região da Sé motivaram a Zonal Sé do PDT da capital paulistana a convocar uma Plenária para esta quarta-feira (17), às 19h.

O objetivo é arrecadar alimentos e debater soluções para os problemas que atingem os bairros que englobam a região central da cidade de São Paulo.

O encontro será no mezanino de O Candeeiro Bar, localizado na Praça Roosevelt, 138 – ao lado do teatro Parlapatões.

Haverá já no local um espaço para receber alimentos doados para moradores de rua da região.

Recomenda-se aos interessados em contribuir que levem um quilo de qualquer alimento não-perecível.

Está confirmada a participação do presidente do PDT de São Paulo, Antonio Neto.

Ciro sobre filiação de Moro: “Factoide que vai se desfazer como fumaça”

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) disse neste fim de semana, no interior do Ceará, que a filiação do ex-juiz Sérgio Moro ao Podemos e sua eventual candidatura à presidência é um “‘factoide’ político e vai se desfazer como fumaça”.

O ex-governador do Ceará esteve na inauguração oficial do Complexo Ambiental Mirante do Caldas, em Barbalha (CE), a cerca de 500 km da capital Fortaleza, neste sábado (13).

“É um ‘factóide político’ e isso vai se desfazer como fumaça. Os endinheirados do Brasil e os interesses estrangeiros que estão entrando no Brasil estão desesperados porque não tem voto. Tenta um, tenta outro. Então a bola da vez é o Moro”, disse o presidenciável do PDT.

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Nelson Marconi explica em 10 pontos a necessidade do PND

1. Uma empresa, que é muito mais simples que o setor público, precisa de planejamento, um plano estratégico de projetos. Por que o setor público não precisaria?

2. O setor privado é essencial em qualquer economia, e o empreendedorismo mais ainda. A liberdade de ação econômica, idem. Mas a desigualdade não se resolve apenas com a atuação do setor privado.

3. Nem o desenvolvimento de setores estratégicos. O setor privado sempre investirá onde é mais lucrativo, com razão, e os setores estratégicos para o desenvolvimento não são os mais rentáveis em um primeiro momento. Normalmente, demandam parceria público/privada para crescerem.

4. O setor público precisa desenhar políticas e ações, junto com o setor privado, para estimular os setores estratégicos. E também para a economia como um todo crescer e reduzir a desigualdade.

5. Por isso um projeto nacional de desenvolvimento é essencial. Construído junto com o setor privado, com metas, políticas, ações, condicionalidades, gestão e cobrança de resultados…

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