Antonio Neto visita templo de candomblé e fala sobre combate à intolerância religiosa

Da esquerda para a direita, o babalorixá Carlos de Odé, Antonio Neto e Wesley Silvestre, sentados, observando a fala de Acácia Aguirre (Foto: Zé Castro/Imprensa PDT)

Antonio Neto (PDT), candidato a vice-prefeito na chapa de Márcio França (PSB), visitou nesta quarta [30/9] o templo de candomblé Ile Asé Agbá Odé, no Jardim Campinas, na zona sul de São Paulo. Ele foi recebido pelo babalorixá Carlos de Odé e membros da comunidade religiosa. Três filhos da casa são cocandidatos a vereadores na chapa coletiva Periferia Ativa Búfalos, do PDT.

No encontro, a principal pauta foi o combate à intolerância religiosa. “Além do preconceito e dos ataques de que são vítimas, os templos de religiões de matriz africana muitas vezes enfrentam dificuldades para conseguir alvará de funcionamento. Precisamos resolver isso”, disse Antonio Neto, que é católico e defende o respeito a todas as crenças.

A cocandidata Acácia Aguirre, que é egbonmy do templo, afirma que uma das propostas da chapa Periferia Ativa Búfalos é desenvolver projetos na área de educação para combater o preconceito. “É de pequeno que você aprende a respeitar outras culturas, a entender que as religiões como candomblé e umbanda não são nenhum bicho de sete cabeças”, diz.

Ela também ressalta que a chapa é um exemplo de diversidade e empoderamento do povo periférico. A candidatura coletiva tem nove integrantes: são três candomblecistas e um pastor evangélico; seis negros/pardos e três brancos; e dois LGBTs. Todos são das periferias da zona sul.

“É a diversidade que nos fortalece. Tudo que a gente busca é a liberdade religiosa e de expressão. A chapa é um exemplo de respeito, de como conviver com todos em harmonia. E a eleição de pessoas periféricas é importante como exemplo de que é possível ocupar esses espaços de poder. Os moradores das periferias precisam se sentir representados.”

Outra característica marcante da chapa Periferia Ativa Búfalos é a defesa do meio ambiente e da sustentabilidade – o que também tem forte relação com o candomblé, religião com profunda conexão com as forças da natureza. Wesley Silvestre, que encabeça a candidatura coletiva, começou a se destacar politicamente na luta a favor da preservação do Parque dos Búfalos, na zona sul, onde acabou sendo construído um conjunto habitacional gigante em Área de Proteção de Mananciais. O projeto foi aprovado pela Cetesb sem estudo de impacto ambiental aprofundado e construído sem a menor infraestrutura de educação, saúde e lazer para os mais de 20.000 moradores que passaram a viver no local. Na época da construção, o movimento liderado por Wesley apresentou outras seis opções de locais para os prédios – o pedido foi ignorado pelo poder público.

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