Ação da Mulher Trabalhista e JS marcam presença em ato do Dia da Mulher na Av. Paulista

Ato do Dia da Mulher – Milhares de mulheres fizeram um ato nesta terça-feira (08) na Avenida Paulista, em São Paulo, por conta do Dia Internacional da Mulher.

A Ação da Mulher Trabalhista (AMT) do PDT da capital paulistana marcou presença no evento através da presidenta do movimento, Leticia Gabriella.

Leticia Gabriella representou AMT-SP em ato do Dia da Mulher na Avenida Paulista / Foto: Divulgação/PDT

“O símbolo de estar aqui hoje nesse 8/3 é do ‘luto à luta’. A data de hoje não é para ser celebrada, mas é um marco político de mulheres que perderam suas vidas para que hoje esse dia fosse lembrado, para que a luta das mulheres fosse lembrada. Estar aqui hoje é saber que muitos passos foram dados antes da gente pisar aqui. É honrar também essa luta e as que nos antecederam”, afirmou Leticia, que também é coordenadora estadual da Frente Nacional Antirracista.

A principal pauta do dia foi exigir a cassação do mandato do deputado estadual Arthur do Val (Podemos), o Mamãe Falei, que virou pivô de um escândalo nacional e internacional após fazer comentários misóginos sobre mulheres ucranianas refugiadas de guerra.

Faixas, cartazes e palavras de ordem contra o integrante do MBL foram a regra da manifestação, que contou com a presença de movimentos estudantis e militantes de partidos progressistas do país. Um grupo também colhia assinaturas para um abaixo-assinado pela cassação de Arthur.

“São falas inaceitáveis, e que a gente tem que repudiar. Por isso estamos aqui marchando por nós e pelas próximas gerações de mulheres”, pontuou Leticia Gabriella.

Igualdade de gênero

A pedetista conversou com militantes e subiu ao carro de som, sendo uma das lideranças feministas a discursar para a multidão.

“O desafio da igualdade de gênero é um desafio que precisa da união de toda sociedade. Enquanto a gente não encarar isso, nós vamos continuar no mesmo lugar: o lugar da desigualdade, do feminicídio, da violência doméstica. Esse é o momento de a gente marchar juntos, mostrar nossa força e reivindicar por direitos. Direito à saúde, direito à saúde obstétrica que é um desafio imenso para as mulheres, sobretudo as mulheres negras”, defendeu.

Leticia Gabriella discursou no carro de som e pediu união na luta em defesa das mulheres / Foto: Divulgação/PDT

‘Ele, não’

O presidente Jair Bolsonaro (PL) também foi alvo de críticas, chegando a aparecer em uma ‘lata de lixo da história’ ao lado do deputado do MBL.

“A gente tá aqui também para denunciar a fome. Juntas para mostrar que nós somos fortes, estamos aqui para derrubar todo governo fascista, como é o do Bolsonaro e do Doria.”, acrescentou Leticia.

Mulheres de todas as idades marcaram presença, desde crianças até idosas, ocupando uma pista da avenida mais famosa de São Paulo, que teve que ser fechada pela Polícia Militar.

O clima foi de paz e não foram registradas confusões ou brigas.

Juventude Socialista

Membros da Juventude Socialista do PDT de São Paulo também estavam presentes na manifestação em defesa das mulheres e pela cassação de Arthur do Val.

A secretaria-adjunta de comunicação da JS de SP, Laís Hera, lembrou a história secular da luta das mulheres.

“Hoje, em uma terça-feira, nós, mulheres de luta, tomamos a rua e paramos a Avenida Paulista para mostrar nossa força. Para mim, paralisar a principal avenida da maior cidade da América Latina em um dia tão importante como hoje, é extremamente significativo, tendo em vista a história que as tecelãs pararam em São Petersburgo a mais de 100 anos atrás. Estou aqui graças a muitas que já se foram, e continuarei na luta pelas que virão depois de nós.”

Laís fez questão de lembrar que Bolsonaro tem como característica o machismo e fez coro pela perda de mandato do deputado do MBL.

“O Brasil hoje tem um presidente misógino e a gente não vai descansar até ele ir para o seu lugar de direito, que é lata de lixo da história. Além disso, é inaceitável que um deputado paulista vá até a Ucrânia para ofender mulheres refugiadas. Exigimos a cassação do mandato do parlamentar, que quebrou o decoro que se espera de um representante eleito”

 

No ato do Dia da Mulher, Laís Hera lembrou das tecelãs de São Petersburgo, que protestaram há mais de cem anos / Foto: Divulgação/PDT

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