Carlos Alberto Caó de Oliveira

Baiano de Salvador, Caó — apelido que incorporou ao sobrenome civil na década de 1980 — começou sua militância no fim dos anos 1950, no movimento estudantil de seu Estado natal.

Perseguido pela ditadura militar, ele se mudou ainda em 1964 para o Rio de Janeiro, onde iniciaria sua carreira no jornalismo e concluiria a faculdade de direito na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), após transferir-se da UFBA (Universidade Federal da Bahia).

Como repórter e editor, Caó trabalhou nos mais importantes veículos de imprensa de sua época, como o Jornal do Brasil, a TV Tupi e a revista Veja.

Ele ingressou na política a convite de Leonel Brizola, principal liderança do PDT. Eleito suplente de deputado federal em 1982, Caó chegou a assumir o cargo, mas licenciou-se para ser secretário estadual do Trabalho no primeiro governo de Brizola no Rio de Janeiro, a partir de 1983.

Reeleito suplente em 1986, Caó assumiu o mandato na Câmara em janeiro de 1987, durante as discussões da Assembleia Constituinte. Tentou se eleger novamente diversas vezes, a última em 2002, mas não conseguiu.

No PDT, Caó desempenhou papel de primeira importância, sendo deputado federal por dois mandatos (1983-1991) e também secretário estadual nas gestões de Brizola no Rio de Janeiro.

Na Câmara Federal, foi autor da Lei 7.716/1989, que define os crimes em razão de preconceito e discriminação de raça ou cor. Antes da Lei Caó, como ficou conhecida, os casos tipificados contra negros eram considerados apenas contravenção.

Filho de mãe costureira e pai marceneiro, Caó sentiu na pele todas as dificuldades dos negros em um país onde, até hoje, existe grande preconceito por conta da cor da pele. Mas isso não o impediu de buscar seu sonho, e em 1967, se formou Advogado pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UFRJ). Caó também se destacou como jornalista, trabalhado em diversos veículos de imprensa ao longo da sua vida.

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