Pluralismo democrático é debatido em curso da FLB-AP; INSCREVA-SE

Pluralismo democrático – O curso de formação política ‘Teorias da Democracia’ chegou à sua quarta aula na quarta-feira (04) e teve como tema o pluralismo democrático e a noção de poliarquia.

Ministrada pelo professor e doutor em Sociologia Paulo Silvino, a aula trouxe como principal abordagem o livro “Teoria Econômica da Democracia” de Anthony Downs, um economista estadunidense especializado em política pública e administração pública.

O curso trata de interpretações e abordagens. Leituras são chaves interpretativas desses autores não se deve necessariamente tomar como verdade absoluta. São formas de explicar política, forma de explicar democracia que não necessariamente devem ser tomadas como verdade.

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Uma teoria dentro da ciência só vale durante um período. A ciência só evoluiu ao longo do tempo porque sempre tivemos cientistas interrogando as teorias alheias, as ideias alheias. Nas ciências sociais isso não é diferente, há uma discussão ampla.

Robert Dahl hoje ainda continua como uma boa leitura, uma boa interpretação sobre o que é a democracia, mas não é o único. Nota-se que há outras vertentes que também são interessantes, por exemplo, a Democracia Participativa, que tem uma leitura ainda mais alargada, mais profunda e íntima, até mesmo mais utópica.

Pluralismo democrático é debatido em curso da FLB-AP; INSCREVA-SE
Pluralismo democrático foi debatido em aula com Paulo Silvino / Foto: Reprodução

O primeiro livro trazido por Silvino para o debate é “Teoria Econômica da Democracia” de Anthony Downs. O autor trata da importância de entendermos como as pessoas fazem o cálculo político e como as pessoas dimensionam os custos políticos.

Nessa lógica explicativa o autor chama a atenção para a necessidade de uma racionalidade mínima, ele traz como pano de fundo para construção de seu texto a premissa que todos nós calculamos os nossos atos, ainda que de forma espontânea e subjetiva.

Quando vamos em algum evento, na maneira que nós portamos em determinados locais, com as pessoas que nós relacionamos, concluímos que os homens calculam, e eles calculam a depender de seus interesses.

Embora Anthony Downs não necessariamente pareça tão pluralista quanto Robert Dahl, ele ainda sim alargou mais a possibilidade da participação democrática da sociedade de modo geral. Diferente de Schumpeter (autor estudado na aula anterior), o autor dessa obra apoia a ideia de que um povo por si só é capaz de participar e exercer a democracia, pois todos fazem escolhas que são calculadas e, portanto, minimamente racionais.

Anthony Downs propõe entendermos como se dá a disputa pelo voto, como se dá as eleições a partir do cálculo e da dimensão do retorno, e acima de tudo como as pessoas têm acesso à informação. Ele também chama a atenção para o que nomeou de “princípio de seleção” que são na verdade um conjunto de valores e ideologias criadas através do contato com informações, sejam elas verdadeiras ou não, e que nos ajudam nos cálculos diários. “As pessoas se orientam por um princípio de seleção” disse o autor, portanto a atividade política requer uma racionalidade gerada a partir do cálculo.

A partir disso o autor nos traz o que seria os custos dessa informação. Ele separa em dois, os custos transferíveis e os intransferíveis. Os não transferíveis dizem respeito ao que você tem que fazer, a sua ação enquanto cidadão e cidadã, esses princípios de seleção que formam portanto a escolha por uma narrativa e não por outra, para votar em alguém e não em outrem, tem ligação com esses princípios.

Os custos de aquisição, análise e avaliação são os tipos de custos que a opinião pública pode transferir, mas que ainda existe um risco na medida em que essa informação volta enviesada, ou seja, se ela precisa de informação para votar e a informação que chega é enviesada porque há nela um determinado interesse, a natureza do voto individual foi cooptada ou foi orientada de maneira equivocada.

Os relatos, as entrevistas, as pesquisas podem ter uma natureza tendenciosa. E isso acontece muitas vezes por conta da falta de tempo para busca de informação, pela restrição ao acesso. Com isso, constrói-se um sistema de avaliação para que se possa orientar e classificar essa informação. Anthony Downs, chamou de coletores da informação que seriam os responsáveis por ajudar a construir a política, de “Os coletores de dados profissionais e editores, os grupos de interesses, os partidos políticos e por fim o próprio governo”.

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Assista a aula:

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Antonio Neto e Ciro Gomes assistem missa do Padre Júlio Lancellotti

O pré-candidato a deputado federal, Antonio Neto e o presidenciável Ciro Gomes assistiram nesta manhã (6/5) à missa celebrada pelo Padre Júlio Lancellotti na paróquia de São Miguel Arcanjo, no Belenzinho, em São Paulo.

Recém-chegado ao PDT e pré-candidato ao Governo de São Paulo, o ex-prefeito de Santana de Parnaíba Elvis Cezar também acompanhou a missa no Belénzinho.

“Em seu sermão, ouvimos o padre falar sobre aquela que eu diria que é a nossa maior doença social, a aporofobia (aversão aos pobres) e a necessidade da criação de empregos para a superação dos problemas da desigualdade em uma metrópole como São Paulo”, afirmou Antonio Neto.

Ciro Gomes e o Padre Júlio Lancellotti se conhecem há muitos anos. Ambos eram muito próximos de Dom Aloísio Lorscheider, que foi arcebispo de Fortaleza e presidente da CNBB, e que chegou a ser votado para Papa no conclave do Vaticano.

“O padre Júlio Lancellotti desenvolve um grande trabalho de acolhimento e apoio às parcelas mais marginalizadas e esquecidas da nossa população”, escreveu o pedetista em suas redes sociais.

 

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