Gonçalo Pereira fala sobre neuropolítica na 3ª aula da Escola de Candidatos

Sinapses, empatia e raiva, valores, estímulos controlados, cultura, fake news, campanhas eleitorais, a vitória de Bolsonaro. O que tudo isso tem haver? São situações todas elas construídas dentro de nossos cérebros e influenciam diretamente a construção de uma campanha eleitoral e da prática política como um todo.

Gonçalo Pereira, professor titular da Unicamp com uma carreira de destaque na área da pesquisa lecionou para os pré-candidatos do PDT-SP inscritos no curso da Escola de Candidatos realizado pela Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini junto do PDT de São Paulo.

“Conheci o professor Gonçalo durante a campanha de Ciro Gomes e vocês não fazem idéia de quanto ele me ajudou durante a elaboração do programa que apresentamos ao país. É um profissional de uma capacidade sem igual que está aqui hoje para dividir esse conteúdo com vocês.” disse Nelson Marconi durante a apresentação inicial da aula

Abordando como o funcionamento do cérebro humano implica diretamente no comportamento do eleitor e em como cada cidadão processa a avalanche de informações a qual são expostos diariamente Gonçalo frisou a importância de um político compreender como essas reações químicas afetam diretamente pleitos elitorais e o comportamente do eleitor frente a classe política.

“Cada vez que somos expostos à uma fake news, se cria um caminho em nosso cérebro e cada vez que se repete isso, mais internalizada na mente da pessoa a idéia se torna. Tudo isso é químico, se chama sinapse e acontece dentro de nossa cabeça o tempo todo, as últimas eleições foram ganhas assim.” afirmou Gonçalo ao denotar a importância de candidatos compreenderem a importância desse conceito em suas trajetórias políticas.

Funcionamento e estrtura do cérebro, implicações dessa formação na compreensão da realidade, razão e início da noção de política na humanidade entre outros muito temas foram abordados durante quase três horas de aula na sede do diretório municipal do PDT em São Paulo.

O professor resumiu bem a idéia da aula com a frase “a realidade não existe, nós construímos ela em nossa mente” toda a trajetória da política dentro da sociedade – das cavernas até os dias de hoje – é ligada ao fato de que somos seres sociais, com um cérebro suscetível a influências constantes que desenham como enxergamos a realidade e consequentemente o mundo que queremos construir.

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