O espectro de Getúlio Vargas volta a assombrar

Por Gustavo Castañon

Getúlio Vargas não foi socialista nem capitalista, nem fascista nem democrata, nem do eixo nem dos aliados, nem burguês nem trabalhador.

Getúlio Vargas foi brasileiro, fez o que tinha que ser feito para o Brasil ser o país que mais cresceu no mundo por 50 anos a partir dele.

Antes de Vargas liderar a revolução de 30, o Brasil era uma fazenda escravagista, o voto só era permitido a homens de alta renda e nem sequer era secreto. Ele instituiu o voto secreto e universal com voto feminino, os sindicatos, os direitos trabalhistas, lutou contra os fascistas dentro e fora do Brasil e entregou um país democrático e industrializado.

Foi reeleito pelo regime democrático, e como presidente democrático foi golpeado.

Acusam Vargas de ditador, ele o foi por sete anos, mas o Estado Novo foi resposta temporária às tentativas de golpes comunista e fascista (integralista) no período de maior instabilidade política da história do mundo, a Segunda Guerra Mundial.

O total de presos políticos do regime inteiro, no entanto, foi de 4099 (dados aqui), a maioria de pessoas ligadas a essas tentativas de golpe, e não há estatística de mortos disponível.

Isso não quer dizer que não houve mortos ou tortura nas cadeias do regime, mas certamente elas não chegaram nem perto do que hoje se faz no nosso regime democrático.

Enfim, Vargas foi um homem de seu tempo que assumiu um país arcaico há quase um século atrás. Entendê-lo e louvar seus feitos não significa endossar autoritarismo, só colocar as coisas em perspectiva histórica.

E a perspectiva histórica é irrefutável, Vargas foi o maior presidente da história do Brasil.

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