*Por Jonatan Fogaça – Via DISPARADA
Hoje, no dia do professor, lembramos de Darcy Ribeiro, homem que desmistificou a historinha de que o problema do Brasil é o seu Povo.
Darcy foi um escritor rebelde e anti-imperialista, enfrentou a colonizante teoria da dependência USPiana e criou a UNB pra descentralizar o pensamento social do País.
Darcy idealizou os CIEPs. Foi o homem da Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Darcy inspirou Eduardo Galeano a escrever. Darcy assessorou Jango, Brizola e Allende.
Darcy foi implacável na análise do imperialismo e do inimigo externo. Diante da pobreza do pensamento nacional fez um esforço para que a América Latina não tivesse uma teoria eurocêntrica.
“O antagonismo entre Terceiro Mundo e imperialismo é mais presente do que o conflito entre camadas assalariadas e patronais nas nações avançadas”.
Como explica o professor/escritor da UFJF Gilberto Vasconcellos, o anti-imperialismo e o nacionalismo popular são componentes decisivos das perspectivas de Darcy. Tomando a trajetória e o pensamento de Darcy Ribeiro como focos de análise, reflete uma preocupação com o sentido histórico do país, sua inserção na divisão internacional do trabalho, suas mazelas e seus obstáculos para converter-se em uma nação soberana, um “povo” voltado “para si”, atento às suas especificidades e aos seus desafios.
Diante do cenário atual, de ruptura democrática, crise institucional, anti-política (Darcy homem de Partido), que falta faz um Darcy posicionado, indignado e firme pra fazer umas análises conjunturais.