100 anos com Brizola e Darcy: um legado para a história da democracia no Brasil

Para celebrar o centenário dos grandes líderes trabalhistas e fundadores do PDT Leonel Brizola e Darcy Ribeiro, os núcleos da Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini (FLB-AP) da cidade de São Paulo e do Rio de Janeiro promoveram o webseminário “100 anos com Brizola e Darcy: um legado para a história da democracia no Brasil”. Brizola faria 100 anos no começo do ano, no dia 22 de janeiro, e Darcy no dia 26 de outubro.

 

O seminário contou com falas marcantes de Zeca Brito – Cineasta e diretor do filme Legalidade, filme que narra a heróica história da luta pela posse do trabalhista João Goulart, em 61, de José Ronaldo, que trabalhou diretamente com Darcy, e é hoje presidente da Fundação Darcy Ribeiro, e Marina Pereira – coordenadora do CEDOC/FESPSP, faculdade que teve entre um dos seus idealizadores Darcy Ribeiro. 

 

Com intuito de resgatar a memória de Leonel Brizola e Darcy Ribeiro na luta pelo fortalecimento da democracia brasileira, o evento trouxe uma breve lembrança do legado trabalhista deixado por duas grandes figuras da política brasileira, que completaram seu centenário em 2022.

 

Paulo Silvino, presidente da FLB-AP em São Paulo, Jean Ordéas, secretário geral da FLB-AP em São Paulo e Pedro Porto, diretor da FLB-AP do Rio de Janeiro foram os responsáveis pela mediação do evento.

“Para nós da Fundação é um prazer enorme promover um espaço como esse, em um ano que se comemora o centenário desses dois grandes brasileiros – Leonel Brizola e Darcy Ribeiro” disse o secretário geral de São Paulo.

 

Zeca Brito, cineasta e diretor do filme “Legalidade” contribuiu para o evento com uma breve passagem histórica pela vida de Brizola. O cineasta se refere a Leonel como herói ”Porque um homem que dá a vida por uma causa é um herói, porque um homem que enfrenta a morte pelos seus, é um herói.” disse. 

 

José Ronaldo, presidente da Fundação Darcy Ribeiro e Marina Pereira, coordenadora do Centro de Documentação da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (CEDOC/FESPSP), trouxeram ao debate o legado e estudos de Darcy Ribeiro.

“Mas houve uma coisa que abriu as perspectivas para Darcy que foi uma biblioteca, foram os livros. Ele tinha um tio com uma bela biblioteca de clássicos, onde ele devorava esses clássicos. Onde ele tomou o vício de ser um grande leitor”, disse o presidente.

 

José, que teve o privilégio de conviver com o ex-ministro da educação, relembrou algumas de suas histórias ao lado do amigo. Disse que via ao lado de Darcy coisas incríveis, como a construção da Casa França-Brasil, como o tombamento de mais de 100 km de praia no Rio de Janeiro para acabar com a especulação imobiliária na beira do mar, a fim de tornar acessível a praia e o lazer.

 

Leonel Brizola e Darcy Ribeiro não apenas dividiram a mesma data de seu centenário, mas puderam juntos construir a história do trabalhismo no Brasil.  

“O mais especial é ver como essa simbiose entre Brizola e Darcy foi mais que beber da fonte de muitos pensadores, ou ter no pensamento o que deve ser produzido, mas de fato criar uma simbiose que fosse executada.” – Pedro Porto, diretor da FLB-AP do Rio de Janeiro

 

Marina Pereira, coordenadora do Centro de Documentação da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (CEDOC/FESPSP), é responsável pela formação do dossiê de trabalhos desenvolvidos por Darcy na Escola de Sociologia e Política.

“No final de 1946 ele concluiu seu curso na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, se formou em fevereiro de 1947 e daí por diante ganhou o mundo, ganhou a vida.”

Assista o seminário completo

 

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